novembro 25, 2011

cool

Eu andei observando situações diversas, vivenciando coisas e etc, e comecei a pensar sobre amizade. Em geral mesmo.
Ok, vou começar situando todo mundo.
A maioria das pessoas passou por um problema bem pentelho no colégio, que foi a implicância por não ser igual à todo mundo (não vou chamar de bullying, porque detesto essa histórinha).
Então imagino que muita gente saiba como é ter gente falando mal pelas costas, ser criticado, e sofrer umas humilhaçõezinhas bem de leve. E isso é um saco, incomoda. Algumas pessoas ficam bem mal, outras tentam deixar pra lá.. mas que incomoda, incomoda bastante.
Eu sempre criei uma imagem - e agora eu vejo que é super infantil - de que os "diferentes" eram os "bonzinhos" e os "iguais" eram os "malvadinhos".

Bem, agora vem a parte principal.
Eu sai da pré-adolescencia (graças) e percebi que é muito mais complicado que isso - mas não precisa ser.
Pra começar, tem gente que sofreu ou sofre tudo isso, toda essa implicância, e faz A MESMA COISA com os outros.
Depois, tem gente que tenta tanto se afirmar como "diferente", que critica e julga todo mundo (já ouvi gente ficar me chamando de "cocota"; já não bastava me encherem o saco chamando de "grunge", "emo", ainda tenho que aguentar essa de um pentelho com cara de puberdade?).
E ooutra, tem gente que resolveu que quer ser "diferente", então pega os cds do Led Zeppelin do papai e ouve até decorar a letra. E não esquece de ir no google aprender o nome dos integrantes da banda, se não, que gafe. Ok, o problema não é esse; o problema é a necessidade de se auto afirmar como "cool", "diferente" - porque hoje tá na moda.

Poxa vida, não podia só pegar o cd e ouvir? Criar sua própria opinião e realmente SER DIFERENTE pelo o que você pensa? De outro jeito, só o que você faz é ser igual a todo mundo, de novo.
Não podia também tentar ver o que as pessoas tem por dentro? Parar de julgar o cabelo "que é de cocota", o estilo musical "que é de grunge"? Você não é melhor ou pior que ninguém só porque te xingaram na escola. Também porque a maioria passou pela mesma coisa. Sofrer bullying é mainstream, não se engane.
E pra finalizar: não faça pros outros o que não gostaria que fizesse pra você. Ninguém gosta que falem mal pelas costas. Ninguém gosta de falar algo e todo mundo mandar um "não tem graça" bem no meio da cara. NINGUÉM GOSTA. E não imagino alguém merecendo, a não ser que seja uma pessoa ruim, sem caráter, que não respeita ninguém. O que, sejamos honestos, nunca é o caso.

Todo mundo deveria parar de ser um idiota superficial sem conteúdo e deixar de prestar atenção só na casca dos outros.


novembro 09, 2011

blowing in the wind


Oi! Eu não estou exatamente com ânimos pra escrever, mas preciso postar algo logo antes que eu perca a vontade de ter blog.. e além disso, estava pensando coisas legais - ou nem tanto.
Eu não sei por que - talvez seja o humor que já estava abalado, ou uma reação meio atrasada -, mas me peguei pensando no mundo. Ok, pra ser mais específica, eu estava pensando no que o jovem, ou simplesmente a massa popular, se tornou hoje.
Eu não sou dessas pessoas que fica falando sobre revoluções, política, e criticando o tal "sistema". Não tenho paciência pra isso, sinto que a conversa sempre perde o rumo - e a noção. Também não sou uma daquelas pessoas jovens com discurso comunista, camiseta de Che Guevara (se bem que esse Che...) e etc. Sei muito bem que não viveria sem um pequeno consumismo e todos outros benefícios que o pobre e mau visto capitalismo tem.
De qualquer maneira, estava pensando sobre juventude. Afinal, o que aconteceu com ela?
Há menos de cinquenta anos haviam centenas nas ruas, tentando distribuir amor por aí.. quem liga se boa parte na verdade tomava banho todos os dias
e só queria encher o saco dos pais e dos outros "adultos" da época? Eles estavam representando o amor entre os seres humanos. Mesmo com grandes cargas de drogas, conseguiam manter a palavra paz na ponta da língua.
E não é só isso; jovens que não queriam apenas sentar e fazer o sinal do paz e amor enquanto alguém improvisa Creedence no violão desafinado saiam às ruas e marchavam por diretas, e já!, protestavam e tinham força nas vozes.
Onde foram parar as vozes?
O revolucionário que deveria viver dentro de cada jovem - mesmo que morra com essa porcaria de "maturidade" - está ficando cada vez menor. E os poucos que ainda têm essa força não sabem pelo que lutar. Lutam pelo direito de usar drogas, não pelo fim da violência; lutam pela melhoria da educação, mas pela sua, não a do outro. Pelo menos é o que eu vejo.
O mundo sofre de fome, de violência, de abandono. E ninguém liga.
"How many times can a man turn his head, pretend that he just doesn't see?"